<font color=0069cc>USL em campanha pelo «Sim»</font>
Com o objectivo de dinamizar e apoiar a campanha de esclarecimento pelo «Sim» à despenalização da IVG, a União de Sindicatos de Lisboa (USL) montou uma banca frente aos Armazéns do Chiado. Ali, foi privilegiado o contacto com a população.
Acabar com esse negócio vergonhoso que é o aborto ilegal
A campanha do referendo «invadiu», dia 24 de Janeiro, a Rua Garrett, em Lisboa, com música e apelos ao «Sim» à despenalização do aborto feitos pelo actor Morais e Castro, pela psicóloga Marta Crawfort e pelo secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva.
Aproveitando a hora de almoço, os activistas do «Em Movimento pelo Sim» montaram uma banca em frente aos Armazéns do Chiado e durante algumas horas fizeram campanha pelo «Sim» no referendo de 11 de Fevereiro.
Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, organização que integra o movimento, fez um apelo à mobilização no dia 11 de Fevereiro, afirmando que a vitória do «Sim» contribuirá para «uma sociedade mais livre, com mais dignidade e mais democrática».
Para o sindicalista, a despenalização do aborto até às dez semanas, por opção da mulher, servirá para «acabar com uma lei ultrapassada» que penaliza as mulheres que praticam um aborto.
Além disso, a vitória do «Sim» é também um passo «para acabar com esse negócio vergonhoso que é o aborto ilegal», disse o sindicalista.
Antes de Carvalho da Silva, a psicóloga Marta Crawford, uma das mandatárias do movimento, também falou a algumas dezenas de pessoas que iam passando (e ficando) para ouvir os argumentos do «Sim».
A apresentadora do programa ABSexo, da TVI, defendeu que «nenhuma mulher faz um aborto de ânimo leve» e que a actual lei «é injusta», nomeadamente por prever penas de prisão para quem o pratique.
«Voto “Sim” para que as mulheres possam fazer um aborto de forma segura e tranquila, para que tenham acompanhamento psicológico antes, durante e depois d o aborto», argumentou.
O actor Morais e Castro lembrou quanto ficou impressionado quando acompanhou uma amiga a fazer um «aborto clandestino», ainda durante a ditadura, e disse ser preciso defender a vida e a saúde das mulheres que interrompem voluntariamente uma gravidez.
Fátima Messias, da União dos Sindicatos de Lisboa, afirmou que o voto «Sim» no referendo «é votar pela defesa da dignidade e da vida com direitos, contra o falso moralismo que alimenta o negócio do aborto clandestino e não evita a sua prática, sem condições de segurança».
CGTP-IN toma posição
A força de quem trabalha
A União dos Sindicatos de Lisboa – USL/CGTP-IN, considera que o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, no próximo dia 11 de Fevereiro, é uma questão de grande importância para todos os trabalhadores, face à existência de uma lei retrógrada e desumana, que empurra as mulheres que são forçadas a interromper a gravidez não desejada para o circuito do aborto clandestino e inseguro, com consequências gravosas para a saúde sexual e reprodutiva e até para a sua própria vida.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, Portugal regista a mais elevada taxa de interrupções de gravidez da União Europeia.
Simultaneamente, a interrupção da gravidez é criminalizada através da actual lei, penalizando duplamente a mulher porque enfrenta a difícil opção de interromper uma gravidez que, consciente e responsavelmente, não pode prosseguir e porque incorre em risco de perseguição e de cumprimento de pena de prisão até três anos.
Entretanto, nos últimos sete anos, mais de nove mil mulheres portuguesas interromperam a gravidez em clínicas privadas espanholas, estimando-se em mais de 20 mil o número de abortos efectuados anualmente em Portugal.
As mulheres trabalhadoras e, em particular, as de mais fracos recursos económicos, discriminadas no acesso ao emprego, nas carreiras, nos salários e nos direitos, que são despedidas ou não vêem o seu contrato renovado porque são mães ou engravidam, são as mais expostas aos efeitos nefastos do aborto clandestino.
Aproveitando a hora de almoço, os activistas do «Em Movimento pelo Sim» montaram uma banca em frente aos Armazéns do Chiado e durante algumas horas fizeram campanha pelo «Sim» no referendo de 11 de Fevereiro.
Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, organização que integra o movimento, fez um apelo à mobilização no dia 11 de Fevereiro, afirmando que a vitória do «Sim» contribuirá para «uma sociedade mais livre, com mais dignidade e mais democrática».
Para o sindicalista, a despenalização do aborto até às dez semanas, por opção da mulher, servirá para «acabar com uma lei ultrapassada» que penaliza as mulheres que praticam um aborto.
Além disso, a vitória do «Sim» é também um passo «para acabar com esse negócio vergonhoso que é o aborto ilegal», disse o sindicalista.
Antes de Carvalho da Silva, a psicóloga Marta Crawford, uma das mandatárias do movimento, também falou a algumas dezenas de pessoas que iam passando (e ficando) para ouvir os argumentos do «Sim».
A apresentadora do programa ABSexo, da TVI, defendeu que «nenhuma mulher faz um aborto de ânimo leve» e que a actual lei «é injusta», nomeadamente por prever penas de prisão para quem o pratique.
«Voto “Sim” para que as mulheres possam fazer um aborto de forma segura e tranquila, para que tenham acompanhamento psicológico antes, durante e depois d o aborto», argumentou.
O actor Morais e Castro lembrou quanto ficou impressionado quando acompanhou uma amiga a fazer um «aborto clandestino», ainda durante a ditadura, e disse ser preciso defender a vida e a saúde das mulheres que interrompem voluntariamente uma gravidez.
Fátima Messias, da União dos Sindicatos de Lisboa, afirmou que o voto «Sim» no referendo «é votar pela defesa da dignidade e da vida com direitos, contra o falso moralismo que alimenta o negócio do aborto clandestino e não evita a sua prática, sem condições de segurança».
CGTP-IN toma posição
A força de quem trabalha
A União dos Sindicatos de Lisboa – USL/CGTP-IN, considera que o referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, no próximo dia 11 de Fevereiro, é uma questão de grande importância para todos os trabalhadores, face à existência de uma lei retrógrada e desumana, que empurra as mulheres que são forçadas a interromper a gravidez não desejada para o circuito do aborto clandestino e inseguro, com consequências gravosas para a saúde sexual e reprodutiva e até para a sua própria vida.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, Portugal regista a mais elevada taxa de interrupções de gravidez da União Europeia.
Simultaneamente, a interrupção da gravidez é criminalizada através da actual lei, penalizando duplamente a mulher porque enfrenta a difícil opção de interromper uma gravidez que, consciente e responsavelmente, não pode prosseguir e porque incorre em risco de perseguição e de cumprimento de pena de prisão até três anos.
Entretanto, nos últimos sete anos, mais de nove mil mulheres portuguesas interromperam a gravidez em clínicas privadas espanholas, estimando-se em mais de 20 mil o número de abortos efectuados anualmente em Portugal.
As mulheres trabalhadoras e, em particular, as de mais fracos recursos económicos, discriminadas no acesso ao emprego, nas carreiras, nos salários e nos direitos, que são despedidas ou não vêem o seu contrato renovado porque são mães ou engravidam, são as mais expostas aos efeitos nefastos do aborto clandestino.